Codename Anastasia - Novel - Capítulo 38: Contra-ataque

No canto do segundo andar da sede do FSB, há uma placa indicando “Comando da Unidade Alpha 3”. Na verdade, não é muito diferente do escritório pessoal de Zhenya.As instalações se limitam a uma mesa e um sofá para receber visitantes. Mesmo assim, o dono do espaço raramente o utilizava, então não havia sinais de desgaste. Zhenya estava sentado em uma cadeira, olhando pela janela.

A paisagem ao redor era monótona.

De vez em quando, pessoas passavam e carros se moviam. No corredor do lado de fora, sons de passos e conversas surgiam ocasionalmente, aproximavam-se e logo desapareciam. Ele não estava em um estado confortável o suficiente para prestar atenção aos ruídos ao redor.

O telefone tocava na mesa há um bom tempo. Mas, como se não tivesse ouvido, Zhenya balançava a cadeira de um lado para o outro, completamente relaxado. Era um dia como qualquer outro, mas, por algum motivo, seu humor estava ainda mais entediado do que o normal. Zhenya não se sentia assim há algum tempo.

“Está bem.”

De repente, ele pensou em algo e murmurou, satisfeito. Parecia haver alguém do lado de fora da porta. A presença era tão sutil que só poderia ser detectada pela intuição de um criminoso. Mesmo assim, Zhenya percebeu que alguém hesitava em bater na porta. Mas foi só isso. Ele não reagiu mais. Zhenya esperou para ver como a pessoa do lado de fora agiria. Depois de um tempo, ouviu-se uma batida na porta.

Sem resposta do lado de dentro, a pessoa bateu novamente. Dessa vez, Zhenya também não disse nada. O visitante hesitou e disse, com uma voz quase inaudível:

“Vou entrar.”

Depois de um momento, abriu a porta. Nesse instante, Zhenya se virou. Quem entrou no escritório foi um funcionário de baixo escalão, carregando um pacote de cartas. Quando seus olhares se encontraram, o homem se assustou. A maneira como ele caminhava relutantemente até o sofá lembrava um boi sendo levado ao abatedouro. Parecia que planejava entregar a correspondência e fugir rapidamente.

Zhenya olhou para o homem em silêncio. Ele colocou a pilha de cartas na beirada da mesa, como se estivesse alimentando uma fera. O movimento era tão lento que parecia em câmera lenta.

“Então, com sua permissão, vou sair.”

O homem hesitou, esperando a oportunidade de correr assim que anunciasse sua intenção de sair. Imediatamente, Zhenya se levantou da cadeira. O homem se assustou, mas logo ficou paralisado, sem se mover. Psych Bogdanov, de quem ele só ouvira falar, estava ali. Os conselhos dos superiores—de que era melhor nunca aparecer diante dele—ecoaram na mente do pobre funcionário. O odor característico e pesado de Zhenya emanava a curta distância.A garganta do homem queimava, seu estômago revirava.

“Tem um tigre aqui? Por que está tão tenso?”

“Não. Não estou tenso.”

“É mesmo? Então vamos dançar.”

O funcionário ficou perplexo com o pedido inesperado. Como se quisesse confirmar que não havia ouvido errado, Zhenya repetiu a ordem para que ele dançasse. O rosto do homem empalideceu de choque. Ele não podia resistir. Seguir ordens superiores era um princípio. Se não fizesse o que Zhenya queria imediatamente, será que ele atacaria seu pescoço? Só de caminhar pelo corredor já era sufocante. Agora, sozinho em um espaço apertado, os pelos de seu corpo se arrepiaram.

O homem se arrependeu de ter entrado e fechado a porta.

Ignorando os pensamentos complicados do funcionário, Zhenya insistiu novamente:

“Hã?”

O homem olhou para ele freneticamente, com olhos que imploravam por sua vida.

Zhenya sorriu e sentou-se à mesa, cruzando os braços.

“Vamos ver.”

Ele encarou o funcionário com olhos penetrantes. O homem engoliu em seco e fechou os olhos com força, como se estivesse se preparando para ser mordido por um cão raivoso. Ele não podia acabar com sua vida de forma tão fútil, apenas por não agradar Psych Bogdanov.

“Faça o suficiente e ficará tudo bem”, pensou.

Determinando-se, ele começou a sacudir o corpo desesperadamente. A tensão deixava seus membros rígidos, e nenhum movimento combinava com o outro. Se aquilo fosse chamado de dança, seria realmente constrangedor. Era apenas uma luta feroz pela sobrevivência. Zhenya observou distraidamente e, então, disse para ele parar.

“Não é divertido. Que tal tirar tudo e dançar? Suba na mesa.”

Diante daquele pedido irônico, o homem pareceu prestes a chorar. Num instante, comparou o tempo que levou para correr a toda velocidade até a porta e o tempo que Zhenya levou para agarrar e torcer seu pescoço. Se o funcionário tiver a sorte de escapar, as consequências são imprevisíveis. O homem imagina tudo da maneira mais positiva possível e logo se desilude. Tudo é desesperador, não importa o que se diga. Ele perdeu toda a esperança e tirou a roupa delicadamente. Zhenya olhou para o homem nu sem nenhum interesse.

Este é o corpo de um homem. Todos os homens são assim. Seus braços e ombros pareciam bastante robustos, mas sua barriga estava cheia de gordura, provavelmente por beber demais. As coxas são bem grandes, mas nem todas musculosas. A pele era tão pálida e vermelha que ele conseguia sentir a aspereza mesmo sem tocá-la. Não importa como você olhe, não parece bonito. Mas como ele passou a desejar o corpo de um homem?

Zhenya estava imerso em pensamentos quando o funcionário se aproximou da mesa. O pênis se contrai de tensão. Suas bolas estavam vermelhas e enrugadas, e seu traseiro, flácido como um pedaço de proteína. Então, de repente, a cabeça do homem caiu no sofá. Isso porque Zhenya o agarrou pela nuca e o imobilizou. Um corpo enorme pressionou as costas do homem, que não sabia o que havia acontecido. Zhenya agarrou o braço do funcionário assustado e inalou o odor corporal. Não houve estímulo algum. Seu cérebro parecia estar ficando mole e a parte inferior do corpo também perdeu a sensibilidade. Ou seria porque a outra pessoa parecia um cadáver?

“Ei, você não está protestando?”

Zhenya repreendeu o funcionário, irritado. O homem tremia como se estivesse esperando que esse momento passasse em segurança.

“Vá embora.”

Zhenya acenou para o funcionário. Ele acordou de repente, pegou suas roupas rapidamente e saiu correndo. A porta se fechou com um estrondo. A pilha de cartas empilhadas sobre a mesa caiu ao mesmo tempo. Normalmente, Zhenya as ignoraria, mas por algum motivo hoje ele as pegou. Era o cúmulo do tédio.

Zhenya abria cada carta que chegava. Geralmente é uma fatura de indenização, uma multa, um processo judicial, uma declaração de despesas, coisas demais para contar. Ele olhou despreocupadamente para a pilha de cartas e, de repente, parou, porque havia um envelope sem nada escrito. Zhenya pensou por um momento, abriu o envelope e examinou o conteúdo. Um pedaço de papel apareceu. Uma única mensagem estava escrita nele.

[Tique-taque. Tique-taque. Bum!]

Ele reconheceu o texto. O som do ponteiro das horas de repente pareceu mais longo. Tique-taque. Tique-taque. E logo houve um estrondo alto, bem distante. Antes que Zhenya pudesse entender o que estava acontecendo, seu celular e telefone fixo tocaram ao mesmo tempo. Uma sensação desagradável percorreu sua nuca, mas também era uma estranha expectativa.

Zhenya imediatamente atendeu o telefone; a mensagem urgente de Vladimir veio do outro lado da linha. Ele ouviu em silêncio e desligou o telefone. Tão fofo, ele aparecer daquele jeito. Sua boca rígida desenhou um longo arco, uma grande quantidade de adrenalina subindo, fazendo sua cabeça girar. Zhenya jogou o telefone fora e saiu imediatamente do escritório. Os olhos azuis estavam cheios de uma alegria incomum e brilhavam intensamente.

_ _ _

Toda a cidade estava bloqueada porque uma explosão misteriosa havia ocorrido na mansão Bogdanov, apenas caminhões de bombeiros se alinharam para passar pela estrada controlada.

A explosão ocorreu em dois lugares. Um lugar foi no bueiro perto da garagem e outro foi no terceiro andar da vila. Os danos foram limitados a um quarto que foi destruído sem deixar vestígios e vários seguranças ficaram feridos. Com base nas alegações de que havia um intruso na vila, a polícia isolou as ruas ao redor e iniciou uma extensa busca. Repórteres e curiosos se aglomeraram para ver o ataque terrorista que ocorreu no centro de Moscou, especialmente na mansão da família mais famosa. Logo toda a área ficou lotada de pessoas.

A equipe de desativação de explosivos trazida primeiro saiu e os bombeiros entraram no local. Como a área da mansão é muito grande, é necessário inspecioná-la minuciosamente para garantir que não haja vestígios do incêndio. Os bombeiros se dispersam de forma ordenada para as áreas designadas.

O bombeiro Dmitry também correu pela porta próxima, seguindo o sinal do capitão. O cômodo não foi afetado pela explosão, mas ele ainda observou atentamente os cantos das paredes internas. Naquele momento, os olhos de Dmitry se voltaram para a janela cheia de rachaduras. De repente, o chão em que ele estava se levantou.

“Ah!”

Seu corpo, suspenso no ar, caiu com um baque, um único grito preso na máscara, incapaz de escapar. Dmitry gemeu de dor e rapidamente sentiu uma tontura na parte de trás da cabeça e desmaiou. Um momento depois, Kwon Taek Joo, e não Dmitri, saiu da sala. Aproveitou o caos e saiu silenciosamente do prédio. Graças ao seu uniforme de bombeiro, ninguém suspeitou dele.

Assim que dois caminhões de bombeiros entraram no jardim, Kwon Taek Joo sentou-se no banco do passageiro.

“Dmitry? Por que você está livre aqui? Por que não está trabalhando?”, perguntou de repente o superior de Dmitri, sentado no banco do motorista, e olhou desconfiado para a estranha aparência refletida do lado de fora do traje de proteção.

Kwon Taek Joo imediatamente desferiu um soco, atingindo um ponto vital. O bombeiro não conseguia nem ficar em pé e caiu do volante. Kwon Taek Joo trocou de assento para o do motorista. Precisando sair dali o mais rápido possível, ligou o motor imediatamente e se virou. Um policial próximo se aproximou com uma expressão desconfiada.

“Onde você está indo?”, perguntou.

“Estamos com problemas no hidrante. Vou trocá-lo rapidamente e já volto.” Kwon Taek Joo habilmente deu desculpas.

O policial verificou a extensão do incêndio, virou-se e assentiu friamente. Kwon Taek Joo dirigiu para a rua e escapou suavemente do local. Ele entrou em uma avenida. Um policial que controlava a estrada parou o caminhão de bombeiros.

Ele olhou ao redor do carro e de repente fez uma pergunta difícil. “Qual é o seu nome e o seu empregador?” Kwon Taek Joo não sabia.

Ele hesitou, o policial olhou para ele com desconfiança e, de repente, trocou algo pelo rádio. A atenção do policial gradualmente se voltou para Kwon Taek Joo e, logo em seguida, ele sacou sua arma e fechou a distância. Parecia ser apenas uma questão de tempo até que a identidade de Kwon Taek Joo fosse revelada. Não havia outro jeito, ele só podia continuar.

Kwon Taek Joo tomou uma decisão e pisou no acelerador. A aceleração repentina do volante fez um barulho que pareceu rasgar o espaço. Os policiais que se aproximavam lentamente também pararam repentinamente o carro da frente. Mas quando uma barricada pesada se aproximava rapidamente, os carros da polícia não tiveram escolha a não ser abrir caminho. O caminhão de bombeiros disparou como um touro furioso.

Balas imparáveis foram disparadas por trás. Uma saraivada de balas estilhaçou o espelho retrovisor e até mesmo os vidros do carro. Kwon Taek Joo pressionou o peito contra o volante e continuou a acelerar. O enorme caminhão de bombeiros acelerou com força, empurrando tudo na estrada.

Kwon Taek Joo pensou em ir à embaixada. Não foi uma jogada inteligente, nem Kwon Taek Joo esperava que o protegessem lá. Mas essa é uma maneira de ganhar tempo. Nem mesmo o Serviço Investigativo Russo pode entrar em uma embaixada estrangeira sem permissão porque isso poderia se transformar em um assunto diplomático. Ele só precisava se esconder lá por um tempo e encontrar uma maneira de voltar para casa.

Dezenas de carros de polícia o seguiram de repente. As sirenes estavam tocando e perseguindo como um enxame de abelhas pela lateral e por trás.

Kwon Taek Joo continuou a acelerar. Pouco depois, uma curva fechada surgiu à sua frente. Ele deveria ter pisado no freio, mas Kwon Taek Joo girou o volante rapidamente. A carroceria do carro não conseguiu parar na velocidade em que estava e começou a deslizar pela estrada. Ele segurou o volante com força, pois estava prestes a girar sozinho devido à grande inércia. A carroceria do carro gritou e correu em zigue-zague, batendo no corrimão, mas ainda assim não saiu da estrada. No entanto, os carros de polícia que os seguiam de perto foram apanhados pela carroceria pesada do veículo e caíram no rio, pois não conseguiram suportar a força centrífuga.

Mesmo tendo superado um período tão difícil, não havia tempo para alívio. Um comboio de carros de polícia apareceu imediatamente do outro lado. Eles não hesitaram em voltar em alta velocidade. Se isso continuar, Kwon Taek Joo será cercado em um piscar de olhos.

Ele girou o volante nervosamente e entrou em um beco lateral. A estrada era tão estreita que os caminhões de bombeiros ficaram presos entre os prédios. Faíscas violentas saíram da carroceria do carro, colidindo continuamente com a parede externa, e a carroceria do carro também continuou chacoalhando. Quanto mais colidiam, mais forte Kwon Taek Joo pisava no pedal do acelerador. Caminhões de bombeiros chacoalhavam pela estrada estreita.

Tiros foram disparados de carros de polícia. Um jato de água jorrou do tanque de água furado. Estradas em todas as direções logo ficaram inundadas com água.

Kwon Taek Joo de repente saiu para a estrada principal, o carro de polícia também o seguiu cegamente. Ele continuou correndo por um tempo e então pisou no freio. O carro de polícia também parou rapidamente quando o caminhão de bombeiros parou repentinamente. Uma película de água se formou na estrada pavimentada devido à água pulverizada do tanque furado, então mesmo quando os freios foram acionados, os carros de polícia ainda se afastaram indefesos. Carros correndo atrás colidiram com a traseira de outro carro e voaram no ar.

Kwon Taek Joo observou os carros colidindo uns com os outros e pisou no acelerador para dar a partida.

Pouco depois, ouviu o som familiar de hélices. Parece que helicópteros foram mobilizados. O helicóptero pairou no ar e avisou que, se não se rendessem, abririam fogo. Morto de qualquer maneira, Kwon Taek Joo ignorou o aviso e correu pela ponte. Agora vá um pouco mais longe e você verá a Embaixada da Coreia.

O último helicóptero abriu fogo. Kwon Taek Joo girou rapidamente o volante. A chuva implacável de balas atravessou o banco do passageiro e o tanque de água. Fumaça preta subiu do motor. Kwon Taek Joo se concentrou em controlar a carroceria instável do carro, sem ter tempo para se preocupar com o sangue escorrendo de seu braço. A carroceria do carro perdeu a direção e girou. Kwon Taek Joo viu a embaixada à vista.

Só mais um pouco, só mais um pouco.

Kwon Taek Joo cerrou os dentes e pisou no acelerador. O motor rugiu uma última vez.

“Maldito!”

A embaixada estava bem diante de seus olhos. A sirene atrás dele também estava mais perto. O helicóptero continuou a voar acima como uma águia esperando que sua presa pare de respirar. Kwon Taek Joo não teve outra escolha. Ele fechou os olhos novamente enquanto girava o volante novamente, sem tirar o pé do acelerador. O caminhão de bombeiros bateu direto na porta da frente da embaixada e bateu nela. Um barulho alto como uma explosão soou, os muros baixos e os postos de guarda foram varridos. O choque foi tão intenso como se Kwon Taek Joo tivesse se jogado em uma tempestade.

Uma poeira espessa se levantou, mas o ambiente estava silencioso como uma folha de papel. O som das sirenes da polícia e das hélices do helicóptero ainda estava lá, mas fora isso não havia som algum.

“…Ugh.”

Kwon Taek Joo mal saiu do volante. A área ao redor de sua clavícula estava rígida. Ele respirou lenta e profundamente e olhou ao redor. O caminhão de bombeiros dirigido por Kwon Taek Joo bateu no portão principal da embaixada e ficou preso na parede externa. Ele viu a polícia saindo do carro pelo espelho retrovisor, mas eles não conseguiram entrar na embaixada.

Kwon Taek Joo usou uma pistola para atingir o para-brisa, que rachou como uma teia de aranha. Os pedaços de vidro grudam e quebram facilmente. Ele cuidadosamente varreu os danos e rastejou para a frente.

Dentro da embaixada, estava excepcionalmente silencioso. É um dia de semana e nem é hora de sair do trabalho ainda, mas Kwon Taek Joo não vê ninguém. Para onde você deve se virar? Kwon Taek Joo ficou parado por um tempo no corredor e depois foi para o escritório do embaixador. Sangue vermelho pingava em gotas a cada passo, o tornozelo de Kwon Taek Joo estava frio, fazendo-o mancar.

Um tempo depois, Kwon Taek Joo também chegou ao escritório do embaixador. Durante toda a viagem, ele não viu nem sombra, muito menos uma pessoa. Kwon Taek Joo bateu relutantemente na porta. Não houve resposta de dentro. Ele abaixou cuidadosamente a maçaneta. A porta não está trancada.

Há quatro mesas colocadas lá dentro, divididas em dois lados. Olhando para a disposição, parece que esta é a sala de uma secretária, mas não há ninguém lá. Ainda havia metade do café na xícara e a tela ainda estava ligada, indicando que alguém esteve aqui há algum tempo.

Kwon Taek Joo deu mais um passo para dentro. Há outras duas portas, provavelmente o escritório do embaixador. Ele estava prestes a bater na porta, mas assim que a tocou, a porta se abriu sozinha. Parece que não estava selada em primeiro lugar.

Em frente a Kwon Taek Joo há uma grande mesa frequentemente usada para fins políticos. Uma cadeira de encosto alto está voltada para a janela. Há alguém sentado lá. Kwon Taek Joo alegremente deu mais um passo.

Naquele momento, um gemido reprimido soou de algum lugar, como se alguém estivesse amordaçado e pedindo socorro. Era obviamente coreano. Kwon Taek Joo virou a cabeça para seguir o barulho e viu um armário trancado. Sem saber se era uma ilusão ou não, ouviu-se uma série de pancadas vindas de dentro. A porta trancada do armário também tremeu. A cabeça de Kwon Taek Joo ficou atordoada com a cena estranha, seus instintos enviaram um sinal de alerta de perigo.

Mas suas pernas não conseguiam se mover e pareciam estar coladas ao chão. Seu corpo inteiro enrijeceu. Uma premonição infeliz percorreu a espinha de Kwon Taek Joo. Os sentidos de todo o corpo se voltaram para a cadeira à sua frente.

A cadeira girou lentamente, como se atendesse a essa expectativa. A respiração que estava prestes a escapar foi sufocada, e o chão sob os pés de Kwon Taek Joo pareceu desabar.

A pessoa sentada na cadeira não era um embaixador. Era Zhenya. Um sorriso maligno surgiu em seus lábios enquanto ele encarava Kwon Taek Joo.

<Fim do 2° Volume>