Maid Secret
  • HOME
  • PROJETOS
  • Novels
  • Concluídos
  • One-shots
Entrar Cadastrar
Advanced
Entrar Cadastrar
Entrar Cadastrar
  • HOME
  • PROJETOS
  • Novels
  • Concluídos
  • One-shots
  • Discord
  • Facebook
  • DOAÇÕES
Entrar Cadastrar
Prev
Next

Codename Anastasia - Novel - Capítulo 65: Checkmate - Parte 5

  1. Home
  2. Codename Anastasia - Novel
  3. Capítulo 65: Checkmate - Parte 5
Prev
Next

Kwon Taek Joo saiu do motel e subiu até o terraço de um centro comercial. Os prédios ao redor tinham alturas semelhantes, e algumas ruas levavam à via principal, mas a maioria eram vielas tão estreitas que mal passava um carro. Visto de cima, o vilarejo parecia um labirinto.

 

As sirenes soavam ao longe e, pouco a pouco, homens vestidos como civis começaram a surgir. Ao que tudo indicava, rastrearam a lista de chamadas de Yoon Jong Woo e estavam vasculhando a estação de trem. A partir dali, Kwon Taek Joo precisaria se tornar a própria isca e atrair toda a atenção para si.

 

Ele puxou a arma do cinto e disparou contra um veículo de investigação com luzes de emergência. A bala silenciada atingiu um dos pneus, e no mesmo instante toda a atenção se voltou para o local. Policiais próximos se abaixaram e começaram a vasculhar a área em busca do atirador. Então, um deles apontou para o alto:

 

“Ali em cima!”

 

Investigadores e agentes se dispersaram rumo ao prédio onde ele estava. Subiram rapidamente as escadas e invadiram o terraço.

 

“Fique onde está!”

 

Todos sacaram suas armas e miraram em Taek Joo. Mas ele não parou. Saiu correndo do esconderijo, e os policiais, atônitos, observaram enquanto ele se lançava na direção do parapeito — como se fosse se jogar. Seu corpo não encontrou nenhum obstáculo: caiu direto. Um dos policiais correu até a borda, mas…

 

Kwon Taek Joo havia aterrissado no prédio ao lado. Levantou-se de imediato, conferiu se estava ferido e voltou a correr. Os policiais que observavam a cena dispararam ao mesmo tempo. Balas de festim e reais voaram em direção às paredes, sem atingi-lo. Taek Joo continuou saltando de telhado em telhado.

 

“Ali, ele tá ali!”

 

Um dos funcionários que aguardavam no térreo gritou ao avistá-lo. Uma multidão de agentes começou a persegui-lo por todos os lados. Um carro-patrulha também acompanhava, transmitindo via rádio cada nova localização de Taek Joo.

 

Naquela área superlotada, entre lojas decadentes e casas mal conservadas, era impossível atirar sem pôr em risco os civis. Por mais perigoso que fosse o suspeito, a prioridade era a segurança da população. A atenção da mídia era intensa e a desconfiança nas autoridades, crescente. Taek Joo contava com isso — por isso não saía da zona residencial.

 

Com o cerco se fechando e o número de agentes crescendo, ele saltou de um muro de pedra de três metros de altura e depois correu sobre uma parede estreita, com menos de 15 cm de largura. Sem hesitar, pulou novamente e desapareceu. Sua movimentação já não lembrava um agente da Inteligência Nacional — parecia um leopardo em fuga.

 

“Alvo localizado! Movimentando para o oeste!”

 

Um agente corria enquanto falava no rádio, quando um estrondo de motor o fez olhar para frente. Um carro vinha em disparada — rápido demais para identificar o motorista. Mas só de observar os carros-patrulha em perseguição, era óbvio quem estava ao volante: Kwon Taek Joo.

 

A polícia logo embarcou nos veículos de apoio. Junto com as equipes que controlavam o tráfego, todo o efetivo se concentrou na caçada. Agora era só questão de tempo.

 

As sirenes ecoavam estridentes no bairro apertado. Taek Joo seguia dirigindo no meio do caos — sem frear nem mesmo nas ruelas tão estreitas que mal cabia um carro.

 

Quanto tempo ele já estava correndo?

 

De repente, a porta lateral de uma casa se abriu, e um homem saiu para jogar o lixo. Ele virou a cabeça, percebendo algo estranho — e gritou ao ver o carro de Kwon Taek Joo avançando em sua direção.

 

“Ahhh!”

 

Taek Joo virou o volante bruscamente para a direita. O carro se arrastou pela parede, e o retrovisor foi destruído. Mesmo assim, o veículo passou sem deixar vítimas.

 

Os carros-patrulha que vinham atrás precisaram parar, bloqueados pelo homem caído na rua. Enquanto os policiais desciam para retirá-lo em segurança, Taek Joo aproveitou a brecha e escapou por um beco.

 

Depois de descer a ladeira e dobrar numa avenida, o carro de Taek Joo foi cercado pela equipe de apoio que já esperava nas proximidades. Duas viaturas logo bloquearam o caminho, cruzando a faixa central sem hesitar — mas, por sorte (ou azar), nenhuma conseguiu acompanhar a velocidade dele.

 

De repente, o barulho de hélices preencheu o céu. Um helicóptero militar surgia acima do carro de Taek Joo. Um atirador mirava através da luneta, pronto para disparar a qualquer sinal. Logo atrás, mais viaturas da investigação se alinhavam.

 

Um dos veículos atravessou as três pistas e colidiu contra a traseira do carro de Taek Joo.

 

O impacto fez o carro girar em alta velocidade, deixando marcas escuras de pneu no asfalto. As viaturas logo atrás tentaram frear, mas o engavetamento era inevitável — seis ou sete carros colidiram em sequência. Até as viaturas do sentido oposto pararam imediatamente.

 

Fumaça subia dos carros parados, mas ninguém sabia onde Kwon Taek Joo estava. Com as viaturas se acumulando ao redor, a rua parecia um cemitério de carros.

 

Pouco depois, uma das portas se abriu e policiais fortemente armados desceram. Eles se esconderam atrás das portas abertas, prontos para um confronto, examinando o entorno com rifles Sakaman em punho.

 

Um sedã preto se aproximou do local. Dentro dele estavam o Diretor Lim e o Vice-Diretor 1. Lim desceu, mostrou sua identificação ao policial que tentava impedir sua passagem, e foi direto ao gerente de campo. Pegou um megafone.

 

“Você está completamente cercado. Largue suas armas e se entregue.”

 

A voz de Lim ecoava pela rua, entre o som das sirenes. Mas não havia sinal de Taek Joo nem de seu carro. Moradores observavam pelas janelas; pedestres com acesso bloqueado assistiam de longe — todos com celulares em mãos.

 

“Vou avisar mais uma vez. Levante as mãos e saia. Sua vida será poupada.”

 

A fala parecia saída de um filme e aumentava ainda mais a curiosidade de quem assistia. Ninguém sabia a gravidade da situação, mas todos estavam ocupados tirando fotos e gravando vídeos. A polícia tentou impedir, em vão. Nas redes sociais, as imagens se espalharam como pólvora.

 

Naquele momento,a porta do carro de Kwon Taek Joo, que até então permanecia imóvel, escancarou de repente. Ele finalmente apareceu — subiu no capô e depois no teto do veículo, usando uma daquelas máscaras de personagem infantil. Todos ficaram confusos diante do absurdo da cena, mas apenas o Diretor Lim reconheceu que era mesmo Kwon Taek Joo.

 

Sobre o carro, ele ergueu as mãos bem devagar. Imediatamente, dezenas de armas foram carregadas e apontadas para ele. Cada mínimo movimento parecia mexer com o ar ao redor.

 

Um novo silêncio pairou. Todos prenderam a respiração, esperando pela ordem do Diretor Lim. Tudo terminaria ali — com a prisão de Kwon Taek Joo. Mas, mesmo assim, Lim desviava o olhar, como se procurasse alguém.

 

Desde que Taek Joo havia se exposto, não havia sinal de acompanhantes. Nenhuma informação sobre a presença de Psych Bogdanov. Estaria mesmo sozinho? Tinha escapado ileso daquele contato? Lim sentia que havia algo errado.

 

Foi então que viu algo inesperado. A janela do carro onde estava o Vice-Diretor 1 se abaixou, e por ela surgiu o cano de um fuzil longo. Todos os olhares estavam voltados para Kwon Taek Joo — ninguém além de Lim percebeu aquilo.

 

Já que Taek Joo sabe de tudo… O que mais pode ser feito agora que tudo veio à tona?

Lim franziu a testa e encarou o Vice-Diretor. Por um instante, seus olhos se encontraram. Lim balançou a cabeça, pedindo para parar, mas o outro já estava com o olho fechado mirando pelo visor.

 

Sementes ruins precisam ser eliminadas.

— “Somente os mortos permanecem em silêncio.”

 

Como Kim Young Hee. Como Lee Cheol Jin.

O dedo no gatilho se curvou por completo.

Uma chama saltou da boca escura da arma.

 

—

 

No Ministério Público Central de Seul, o clima também era tenso. O foragido havia escapado inúmeras vezes, mesmo com grande mobilização das forças públicas. As notícias chegavam sem pausa pela mídia, pelas redes sociais e por canais internos entre agências. Era impossível conter a atenção em torno do caso — principalmente por envolver o Departamento de Integridade Regional.

 

O Promotor Seok não estava isento disso. É verdade que a prisão e os crimes de Kwon Taek Joo ultrapassam sua alçada direta. Mas ele precisa descobrir se foi mesmo Taek Joo quem envenenou Lee Cheol Jin — e, se foi, por quê.

 

Taek Joo afirmou que todos esses acontecimentos fazem parte de uma conspiração.

 

Mas até agora, Seok não recebeu nenhuma prova concreta. Talvez o fato de Taek Joo ter ido até ele pessoalmente não passasse de um blefe — apenas mais uma jogada para confundir a investigação.

 

“Promotor?”

 

O promotor Seok estava imerso em pensamentos quando o chefe Kim se aproximou e o chamou. Ele despertou de repente.

 

“Sim?”

 

“O entregador chegou.”

 

O gerente Kim entregou um envelope prateado de entrega expressa. Ele conferiu a nota. De fato, era endereçado ao promotor Seok, com o remetente identificado como “Estúdio de Fotos Garam”.

 

Seok nunca recebia correspondência pessoal na Promotoria. Isso significava que o envio fora feito de forma unilateral. Propaganda, tentativas de suborno, cartas pessoais ou até ameaças eram comuns — mas, às vezes, também surgiam pistas valiosas de denunciantes anônimos.

 

O chefe Kim sugeriu: “Acho que é uma foto.”

No fundo, Seok também estava curioso com o conteúdo. Talvez, pelo momento delicado, tenha pensado imediatamente em Kwon Taek Joo. Será? Ele balançou a cabeça e abriu o envelope.

 

Lá dentro, havia centenas de fotografias. Seok começou a retirá-las quando uma caiu no chão. O chefe Kim se abaixou depressa:

 

“Ohh…”

 

E então murmurou: “Uh…”

Seok ficou tenso ao ver a imagem. Em várias das fotos, aparecia Lee Cheol Jin.

 

Mas o que mais surpreendeu o promotor foi com quem Lee Cheol Jin estava. Alguém com fisionomia muito familiar. Kim teve a mesma sensação de déjà vu. Inclinou a cabeça:

 

“Você já viu essa pessoa antes, né?”

 

“Você não sabe quem é?”

 

“Uau… acho que já vi essa pessoa em algum lugar…”

 

O gerente Kim examinou com atenção o rosto da pessoa na foto. Olhou outras imagens, vasculhando as memórias. Alguns segundos depois, uma imagem vaga surgiu como uma miragem. Kim tinha boa memória visual — mesmo com encontros breves — mas essa era diferente.

 

Tirou o celular do bolso e acessou a internet. Depois de poucos toques, as informações apareceram. Ele conferiu nome, cargo atual e fotos no perfil… e arregalou os olhos.

 

Não pode ser.

 

Imediatamente virou o celular para Seok. Era inconfundível: a pessoa das fotos era Cha Moon Seok, vice-diretor da Agência Nacional de Inteligência.

 

—

 

Droga.

 

O som de tiros quebrou o silêncio do momento. Ao mesmo tempo, Kwon Taek Joo, que ainda tinha os braços erguidos, os cruzou rapidamente. Os policiais, que já estavam com armas apontadas, se assustaram com os disparos fora de hora. Algumas balas perdidas subiram para o céu.

 

Mesmo no caos, os olhares entre o diretor Lim e o vice-diretor 1 eram carregados de reprovação.

 

Logo depois, o barulho de hélices se aproximou. Um helicóptero se movia sobre a cena. Taek Joo imaginou que fosse uma unidade de apoio chegando atrasada — mas não parecia com os helicópteros padrão. Tinha um design aerodinâmico de pouso longos e espessos — bastante incomuns.

 

Todos os olhos voltaram para o céu. Os cabelos e a gola de Taek Joo tremulavam com o vento gerado pelas hélices. Ele apertou os olhos ao vê-lo descer. O motor não parecia haver intenção de pouso, mas estava perigosamente perto do solo.

 

Sem saber se era aliado ou inimigo, o helicóptero lançou uma descarga intensa de um material denso — era gás de fumaça. Mesmo em pleno dia, a visibilidade desapareceu num instante. Não se via nada a poucos centímetros de distância.

 

O som do helicóptero persistia, agora mais próximo, vibrando como uma ameaça suspensa no ar. Dentro do sedã, o Vice-Diretor 1 sentia a vibração do rotor sacudir a lataria enquanto fumaça e vento invadiam o carro pela janela aberta. Suando, ele apertava o fuzil com força. Mas não estava pronto para o que viria a seguir.

 

Um ruído agudo cortou seus ouvidos, e o carro começou a balançar violentamente. Em meio à fumaça, surgiu um bloco metálico — o trenó de pouso do helicóptero. Ele rompeu o vidro com um estrondo, espalhando estilhaços como uma explosão. Em câmera lenta — ou assim pareceu a ele — o trenó perfurou o teto e se prendeu. Não o atingiu, mas fez o carro oscilar de forma cada vez mais irregular, como se estivesse prestes a ser arrancado do chão.

 

E então, o impossível aconteceu: o carro começou a subir.

 

Preso pelo veículo, o sedã foi elevado do chão como uma presa fisgada. O Vice-Diretor gritou e rolou até a janela, tentando desesperadamente sair. Mas a porta estava esmagada, o botão de abrir travado. Cada tentativa fazia o carro sacudir ainda mais, ameaçando soltar-se. Ele congelou. Mal conseguia respirar.

 

Enquanto a névoa se dissipou, os policiais no solo observaram em choque. Nada podiam fazer. Era uma possível situação com refém, e atirar seria insensato. Até o helicóptero da polícia, mantendo distância, limitava-se a seguir o misterioso aparelho.

 

Mas a perseguição terminou de forma tão inesperada quanto começou.

 

O helicóptero desceu direto no estacionamento da Promotoria Central de Seul. A segurança correu até lá, confusa. O helicóptero pousou o sedã com precisão e depois aterrissou completamente ao lado.

 

Justo nesse instante, o promotor Seok deixava o prédio com sua equipe. Entrou em choque ao ver o pouso. Outros funcionários se apertavam nas janelas, testemunhando o momento insólito. Guardas cercaram o helicóptero e o carro — mas ninguém fazia ideia do que viria em seguida.

 

Logo em seguida, a porta do helicóptero se abriu. Quem apareceu foi ninguém menos que Zhenya. O clima se agitou ainda mais com o aparecimento repentino de um russo. Zhenya caminhou em direção ao sedã sob os olhares atônitos ao redor, abriu a porta amassada e puxou para fora o atordoado Vice-Diretor 1. Após encarar seu rosto, o promotor Seok avançou decidido em direção a Zhenya.

 

Zhenya empurrou o homem, ainda debilitado, nos braços do promotor. Nesse instante, Kwon Taek Joo estendeu um cartão de memória. Assim que o promotor Seok o pegou, compreendeu imediatamente o que tinha em mãos.

 

Com isso, Zhenya havia cumprido sua missão. Retornou para o helicóptero, ignorando os guardas que sacaram suas armas para impedi-lo. Seguiu direto para a cabine. Seok interveio e evitou qualquer confronto. Logo depois, o helicóptero decolou, erguendo uma ventania imensa. Quando o vento cessou, ele já estava longe — quase do tamanho de uma unha no céu.

 

O promotor Seok se voltou para o homem à sua frente, ainda sem entender o que estava acontecendo, e declarou com firmeza:

 

“Sou Seok Jae-hee, promotor da 1ª Divisão de Segurança Pública da Promotoria Central de Seul. Cha Moon Seok, você está preso por violação da Lei de Segurança Nacional. Você tem direito a um advogado, pode permanecer em silêncio, e tudo o que disser poderá ser usado contra você em juízo.”

 

—

 

O helicóptero de Zhenya pousou no topo de um arranha-céu. A porta se abriu, e ele e Kwon Taek Joo desceram um após o outro. Zhenya encostou no parapeito e deixou o vento soprar de todos os lados. O vento estava em toda parte — tão agradável.

 

Durante o caos anterior, quando o Vice-Diretor 1 atirou, Taek Joo desviou o corpo por puro reflexo. Quase não escapou. Quando cruzou o olhar com o Diretor Lim, viu uma arma apontada para ele pelas costas. Chegou a torcer o tornozelo ao cair debaixo do carro, mas teve sorte de não ser atingido.

 

Logo depois, Zhenya pilotou o helicóptero e desceu uma escada de corda por entre a fumaça. Quando Taek Joo perguntou por que ele estava ali, fazendo um trabalho que não era seu, Zhenya disse algo enigmático: que, a partir de agora, faria ele mesmo aquele tipo de trabalho. E, novamente, o Vice-Diretor 1 foi preso e levado à Promotoria.

 

Não havia nada de racional naquilo — mas, para Taek Joo, havia algo de admirável em ver Zhenya cumprir as tarefas que ele pedia. O que significava que provavelmente ele também não era normal. O estresse devia tê-lo deixado meio louco.

 

“Está silencioso agora.”

 

Zhenya se recostou com calma no parapeito. Taek Joo olhou de relance para o lado do rosto dele e depois desviou o olhar.

 

“Mhm.”

 

Sentia alívio por acreditar que tudo havia terminado, mas ainda faltava alguma coisa. Talvez porque tudo ainda parece irreal. Desde o dia em que chegou à Rússia até aquele instante, era como se tivesse sonhado durante todo o tempo.

 

Ele se perdeu por um momento nos próprios sentimentos. Foi quando a mão de Zhenya se aproximou. Instintivamente, Taek Joo inclinou a cabeça para evitar o toque. Zhenya parou, o braço no ar — surpreso com a reação. Era só timidez. Taek Joo o encarou de volta, sem recuar.

 

Zhenya então retirou a máscara que ainda cobria o rosto de Taek Joo. Seus olhos se encontraram.

 

Será que tudo ficaria bem, mesmo se ele se deixasse levar por emoções temporárias? Mesmo sem nunca ter desejado um homem? Mesmo sem saber direito como tratar Zhenya?

 

Talvez estivesse apenas se jogando na escuridão — talvez até ficasse ao lado dele —, mas não era isso que ele queria. Não como dependência. Kwon Taek Joo não estava mais preso, não estava mais isolado. Não precisava mais se apoiar em ninguém.

 

Mas, pelo menos agora, Zhenya estava ao seu lado.

 

“Acho que não vou mais ter pesadelos.”

 

(NT: Talvez ele esteja falando dos sonhos com a criança…)

 

Kwon Taek Joo murmurou para si mesmo enquanto encarava Zhenya com atenção. Ele não estava pedindo casamento nem nada grandioso — os sentimentos de Zhenya provavelmente desapareceriam em breve. Por isso, talvez Kwon Taek Joo não precisasse se preocupar tanto. Só precisava tentar — ainda que um pouco.

 

Se estivesse cansado e com medo de ser caçado, não precisava mais fugir. E no momento, não encontrava resposta melhor. Mesmo depois de chegar a essa conclusão, ele ainda não conseguia acreditar. Acabou soltando uma risada.

 

Olhou para baixo, para o mundo a seus pés, e soltou um longo suspiro.

 

“Quero descansar em algum lugar tranquilo.”

 

“Eu conheço um lugar assim. Onde ninguém vai te incomodar.”

 

“Hm. Então considere me ajudar a chegar lá.”

 

Kwon Taek Joo disse como se estivesse lamentando. Zhenya curvou o canto dos lábios diante de sua expressão desgostosa, e então se aproximou. Segurou-se no parapeito, cercando Kwon Taek Joo com os braços. Seu corpo ficou preso entre o metal frio e o calor dos braços de Zhenya — praticamente enterrado naquele abraço. O cheiro dele também se tornou mais forte.

 

Zhenya mordeu a gola da camisa de Kwon Taek Joo e encostou os lábios na nuca dele. Roçou o nariz pela pele seca e inalou o cheiro com conforto. O estímulo suave embaralhou os batimentos e o ritmo de Taek Joo. Aquilo já bastava para saber que ele não podia mais negar.

 

Inspirou fundo e se culpou, se perguntando por que seu gosto era tão… específico. Então disse algo em coreano, que Zhenya não entendia. Ele perguntou o que era. E, como se fosse para castigá-lo por ficar resmungando e falando coisas desconexas, Zhenya mordeu suas costas com força e desejo.

 

(NT: Infelizmente, o texto não revela o que Kwon Taek Joo disse.)

 

O sol se punha no fim de um longo dia. O vento era cortante, mas, por algum motivo, Kwon Taek Joo sentia calor. Era o presságio de uma primavera.

Prev
Next

Comments for chapter "Capítulo 65: Checkmate - Parte 5"

MANGA DISCUSSION

MAIS LIDOS DA SEMANA
Lagrimas_Sobre_Flores_Murchas_
Lágrimas Sobre Flores Murchas
Capítulo 65 29/08/2025
Capítulo 64 26/08/2025
20240726_192005_W2xEX_2x_2n_jpg
Complexo de Amigos de Infância
Capítulo 43
Capítulo 42 - Início da segunda temporada
Quem_e_o_Mentiroso
Quem é o Mentiroso?
Capítulo 39 (Fim da 1ª Temporada) 15/04/2025
Capítulo 38 13/04/2025
EQZmsdcUwAIk15N
No Holes Barred
Capítulo 32 1ª Temporada 29/09/2024
Capítulo 31 1ª Temporada 29/09/2024
01
O Dragão Malvado
Capítulo 04 - Fim 06/07/2024
Capítulo 03 12/05/2024
CAPA_W2xEX_2x_2n_W2xEX_webp_waifu2x_2x_2n_png
Proposta Escandalosa
Capítulo 04 - Fim 25/08/2024
Capítulo 03 24/08/2024
7270ab0c1b5931be5d9fcf4f970daae700e1a3dd_1883_2656_2294050
O Querido Sacerdote Budista Yashima-san
Capítulo 00 - Oneshot 10/04/2024
00
Maiden: O Conto de uma Prostituta Resgatada por um Ex-cavaleiro
Side Story: Spin-Off 04/07/2025
Capítulo 00 11/04/2024
Hohoho (1)_W2xEX_2x_2n_Q99_png_W2xEX_2x_2n_Q99_W2xEX_2x_2n_Q99
Feliz Natal: Como usar os homens
Capítulo 03 19/09/2024
Capítulo 02 17/09/2024
ssnaeri_W2xEX_2x_2n_Q99_jpg
Ssinaeri
Capítulo 03 31/08/2024
Capítulo 02 30/08/2024

VOCÊ PODE GOSTAR

20240726_192005_W2xEX_2x_2n_jpg
Complexo de Amigos de Infância
25/10/2025
EQZmsdcUwAIk15N
No Holes Barred
29/09/2024
01
O Dragão Malvado
06/07/2024
CAPA_W2xEX_2x_2n_W2xEX_webp_waifu2x_2x_2n_png
Proposta Escandalosa
25/08/2024
  • Política de Privacidade
  • Sobre

© Maid Secret Inc. | Powered By Kng

Sign in

Lost your password?

← Back to Maid Secret

Sign Up

Register For This Site.

Log in | Lost your password?

← Back to Maid Secret

Lost your password?

Please enter your username or email address. You will receive a link to create a new password via email.

← Back to Maid Secret